sexta-feira, abril 30, 2004

O Nariz de Josephine

Este blog me parece que está sempre de mudança. Quase posso ver as caixas empilhadas e as malas abarrotadas de roupas. Nada, absolutamente nada no lugar e papéis espalhados por toda casa. Cadê a fita adesiva? Não sei, deve estar debaixo da bagunça da sala. Ainda não encontrei.

No entanto, ainda tenho a esperança de conseguir adaptar-me, encaixar-me plenamente neste escuro lugar. Tenho, porém, um bom motivo para não ter escrito nos últimos dias: meus dedos congelaram. Sim, anda fazendo frio por aqui. Sei que a tendência é esfriar, como em todos os anos, até julho, onde todas as criaturas deste estado ficam recobertas com uma fina camada de gelo.

Minhas mãos e pés costumam congelar antes do resto do corpo. A maioria dos gaúchos não congela nesta época, Edmund costuma congelar em Julho, porém eu começo o processo de congelamento sempre em Abril ou Maio, descongelando apenas quando chega Setembro e a Primavera.

Infelizmente, detesto meias, luvas e outros acessórios para friorentos, assim como também detesto aqueles capuzes pretos que fazem com que todo cidadão de bem que os use pareça marginal. No frio não podemos distinguir nem um bandido de uma criatura semi-congelada sem antecedentes criminais.

Dizem os estudiosos que pessoas projetadas para suportar bem o frio têm narizes afilados, com narinas estreitas, pele branca e mais outras características das quais não me recordo bem agora. Eu não tenho nariz afilado e narinas estreitas como os loiros dos países nórdicos, e minha pele branca não tem lá grande utilidade, nem aqui, nem em lugar nenhum.

Talvez a culpa de tudo esteja no meu nariz. Talvez- e só talvez- se eu andar com um prendedor de roupas para estreitar minhas narinas, comece a sentir menos frio. O cabelo fica solto o tempo todo, ao menos assim protege a nuca e as costas e não preciso usar aqueles enforcantes e pinicantes "cachecóis".

Talvez eu deva procurar um cirurgião plástico e encomendar um nariz de frio, condizente com o clima atual. Mas ia ficar meio complicado alterar o nariz a cada mudança de estação...e meio caro, acho que não tenho nem nariz, nem dinheiro o suficiente para isso.

A alternativa do prendedor de roupas é mais barata, mas menos estética. Porém, para que preciso de estética? Edmund diz que me amaria de qualquer forma, então talvez seja até um bom teste para descobrir se ele me amaria, mesmo com um prendedor no nariz.

Posso estreitar um pouco as narinas usando uma fita adesiva, ou, quem sabe, inventar (e patentear) um estreitador de narinas. Respirar é o de menos, posso fazê-lo pela boca. Poderia também usar algodões no nariz...mais isso é mórbido demais, cruzes!

Dizem que com o tempo eu me acostumo ao frio...há anos dizem que com o tempo eu me acostumo ao frio, o tempo passa e eu não me acostumo ao frio, não tem jeito. Esquentou um pouco, para nos enganar, é assim, esfria, esquenta, chove e esfria outra vez, acaba de chover e esfriar. Estou dormindo com dois edredons, um sobre o outro, e o frio, de verdade, nem chegou...talvez- e só talvez- meu nariz tenha que pagar por isso.

PS: Flip Flop, gostaria de conseguir responder a todos os comentários como antes, pensei em respondê-los na própria caixinha de comments, mas achei que ficaria meio confuso. E a idéia do estagiário, foi ótima, mas acho que Edmund é neurótico demais para confiar a postagem a terceiros (se ele é o primeiro e eu a segunda, um estagiário seria o terceiro). Cal, pode reclamar, com certeza, vocês têm todo o direito e, se não reclamam, começo a achar que nem se importam. Monique, agradeço a visita, e obrigada por deixar comentário, só assim eu posso saber onde te encontrar. GURIA, pedido meio estranho esse, mas, mesmo sem querer, estou atendendo, não? E ao que me parece você está ficando meio alucinada com este lugar... Livs, os Scomments são filhotes dos Sblogs, dos quais necessitamos para sobreviver após o vício causado pelo monstro. Também sofro desse mal. Bia, apareça sempre por aqui, agradeço pelo carinho. Luna, achou o post anterior sem sentido??? :( E Demetrius, já estou melhor :) ...ufa...adoro isso :) Respeitosos beijos a todos.

terça-feira, abril 27, 2004

O Monstro

Não tem nada pior do que prometer algo e não cumprir. Eu disse que este blog voltaria a ser diário e sumi a semana inteira. Não adianta me dizer para escrever só quando eu tiver vontade, eu não ter escrito não quer dizer que eu não tenha tido vontade, o que me faltou foi tempo. Nem adianta me dizer para escrever só quando eu tiver tempo, continuo sentindo vontade.

Sem contar que sinto-me responsável por este lugar (talvez porque seja mesmo), já que o verdadeiro (ir)responsável, Edmund, aparece quando lhe dá na telha. Estou ficando um pouco neurótica com isso tudo, obessessiva, achando que devo escrever, escrever, escrever, atualizar o blog, um blog, dois blogs, três blogs...isso está aumentando exponencialmente e não sei se haverá nessa blogosfera quantidade suficiente de blogs para que eu me sinta satisfeita. Temo que comece a participar de blogs compulsivamente, fazer outros blogs, diversos blogs, infinitos blogs até que sucumba, exausta, sobre o teclado, desfalecida.

Havia um monstro certa vez, ele era grande, como todo monstro deve ser, feito de uma geleca igual àquelas que tínhamos em nossa infância, achávamos que era o máximo e nas quais, hoje em dia, mal conseguimos encostar sem dizer "eca"...bem, nem todos, Edmund comprou, dia desses, uma geleca daquelas, com uma lagartixa verde de brinquedo dentro. Diz que é para experiências científicas.

Voltando ao monstro, imagino-o verde, como toda criatura monstruosa imaginária ecologicamente correta deveria ser. Porém, após o advento do Shrek, monstro verde parece uma espécie de plágio. Pensei em fazer o monstro roxo, mas lembrei-me de que ele ficaria por demais parecedo com o tal Shake, aquele bonequinho sem graça do Mc Donald's, que faz parte da sem graça turma do igualmente sem graça Ronald Mc Donald.

Bem, pensando em uma cor esdrúxula para meu esdrúxulo monstro, achei que ele pudesse ser lilás, mas ficaria meio gay, e não quero que duvidem da masculinidade deste monstro. Bem, quem sabe se ele fosse laranja....na falta de outra cor melhor, o monstro é laranja. E preto.

Este monstro caminha lentamente, arrastando-se pelos becos mais sinistros da internet, muitas vezes emergindo e ameaçando tomar conta de toda a rede (basta fazer qualquer pesquisa no Google para constatar isso), arrastando-se sorrateiramente, fazendo "sblog, sblog, sblog", engolindo todos os seres humanos que encontra pelo caminho, abduzindo-os ao seu interior e escravizando-os à boa ilusão de um lugar tranquilo, onde se pode fazer (quase) tudo o que se quiser.

O vício. Monstro laranja e preto causa o vício, que vem sem que se perceba. Um dia o pobre ser humano acorda e nota que está preso dentro do monstro e nada mais pode fazer além de atualizar, atualizar, atualizar, compulsivamente, sem nunca dar-se por satisfeito. E não, não sei se há como livrar-se, talvez nem mesmo os caça-fantasmas ou qualquer outra criatura fictícia ou real podem salvar os pobres seres humanos da invasão dos sblogs.

Temo que nossa espécie se extingua e, em pouco tempo, haja apenas uma horda de sblogs recobrindo a cidade com sua massa gelecal laranja e preta, demonstrando sua real superioridade à raça humana, subjugando a todos, até que, exaustos, sucumbamos sobre nossos teclados, desfalecidos. Que saibamos reconhecer esta ameaça.

quinta-feira, abril 22, 2004

Vocês estão acompanhando o Diálogos Soltos? De qualquer forma, pode parecer repetitivo, mas vou colocar aqui algo que já coloquei lá, já que coloquei lá algo que já tinha colocado, anteriormente aqui e seria deveras injusto não repetir a operação em sentido contrário.

Edmund resolveu ir à praia. É, de novo. Mesmo sabendo do meu pavor de tatuíras. Prometeu que, desta vez, não andaríamos na areia, nem tampouco passearíamos no Barco Viking. Sua intenção era única e exclusivamente comer um pastel de carne com ovo e azeitona que, segundo ele, só existe em uma determinada pastelaria em uma determinada rua daquela determinada cidade. E ele estava determinado a ir.

Sabendo que não adiantaria argumentar, já que quando ele decide alguma coisa não adianta eu dizer nada, ele arranja quinhentos novos argumentos para me aporrinhar até que eu me convença- ou canse- e concorde com ele. Devo admitir que Edmund é bem persuasivo quando quer.

Resignada, segui com ele, de carro, pela estrada. O tempo fechando e eu, já desesperada, pois detesto viajar à noite, chovendo então, nem pensar.

- Não quero nem saber, se estiver chovendo e escuro quando voltarmos, eu ficarei em qualquer hotel. Se não quiser ficar comigo, que volte.
- Mas Josie, não vai chover.

"Não vai chover", neste caso, era uma afirmação risível. O céu estava cinza, pesadas nuvens cobriam a luz do sol ao meio-dia. Meio-dia e a aparência era de um final de tarde nublado. Ou pior. Cinza-escuro, as nuvens eram assustadoras. Ou eu é que sou assustada e dramática mesmo.

E, para não perder o costume, ele me perguntou umas vinte vezes se eu realmente queria ir (lembram da história da pizza?). Expliquei a ele o quanto aquilo me irritava e esperava que ele compreendesse.

- O que, exatamente, te irrita?
- Quando você fica repetindo uma mesma pergunta quinhentas vezes.
- Te irrita me ouvir repetindo as coisas?
- É.
- Mas às vezes é necessário.
- Na maioria das vezes não.
- É porque eu fico com dúvidas. Por exemplo, eu te perguntei "Você quer ir à praia?" O que você respondeu?
- Quero.
- Não, você disse: "é..." reticente. Aí eu perguntei de novo: "quer mesmo ir?" E o que você respondeu?
- Que queria.
- Não, você disse: "é...vamos" e eu tive que perguntar a terceira vez, para confirmar, foi necessário.
- Você é louco.
- Olha só, você não quer ir, viu? Me chamou de louco.
- Qual é o problema?
- "Louco" não é algo muito bom, é? Denota insatisfação da sua parte.
- Está chovendo, estou morrendo de sono, fome e frio e você quer ir à praia por causa de um pastel de carne com azeitonas e ovo. Você é louco.
- Está vendo, olhe para o céu, há uma faixa mais clara, o sol está voltando a sorrir.
- E o resto do céu está coberto por nuvens.
- Tudo é uma questão de ponto de vista, saber se o copo está meio cheio ou meio vazio.
- ....
- O que foi?
- Olhe para o tamanho da faixa.
- Tudo bem, saber se o copo está 80% cheio ou 80% vazio....

Sim, Edmund é uma criatura otimista. Otimista demais, devo dizer, coisa que, por mais que me esforce, não consigo ser. Olhar para o céu com densas e escuras nuvens de chuva ameaçando desabar sobre nossas cabeças e achar que uma faixa ínfima de céu ensolarado poderia afastá-las é, no mínimo, alucinação. Algum tempo depois, ouço:

- Veja, a faixa clara no céu está aumentando!
- Ainda que esteja, as probabilidades de aquele monte de nuvem escura cobrir e sufocar sua faixa clara são incontavelmente maiores do que as de o contrário acontecer.
- Você é muito pessimista.
- Não é pessimismo, são fatos! São duas horas de viagem, estamos no meio da estrada, duvido muito que a gente não tenha que voltar no escuro, sob chuva.
- Você é insensível, Josephine.

Bem, fomos à praia, comemos o tal pastel maravilhoso, aliás, dois, passeamos de carro na areia e vimos um pássaro bastante estranho, alucinado, Edmund encantou-se com ele. Mas sobre esta ave o próprio Eddie escreverá depois. Ao menos foi o que ele disse. Eu estava cansada, com sono, dores nas costas e péssimo humor.

Edmund está sempre feliz e para ele tudo é colorido e ensolarado, ainda que esteja tudo cinza. São as vantagens de ser um lunático. Voltamos. Conforme o previsto, sob chuva e escuridão. Não cumpri minha ameaça (a bem da verdade esqueci-me dela) e voltei com ele, mesmo naquelas condições terríveis. Para não brigar com tão saltitante criatura, preferi dormir.

Acordei tão cansada quanto dormi e, ao chegar em Porto Alegre o rapaz ainda queria fazer outros passeios. Agradeci, mas disse que precisava descansar. Vim para casa e desmaiei em minha cama. Ele voltou para casa, calmo como sempre.

segunda-feira, abril 19, 2004

Consciência

Toda vez que sento aqui, diante deste monitor, não sei exatamente sobre o quê escrever. Fico alguns segundos olhando a tela brilhante até que, mesmo nada me vindo à cabeça, começo a dedilhar o teclado, sempre sai alguma coisa, mas nem sempre gosto do resultado.

Passei horas ontem à noite tentando conversar com o cabide do Edmund, já que o Criado-Mudo não me dá a mínima bola. Na verdade nunca ouvi o cabide dizer nada, mas a gente conversa mesmo assim. Edmund diz que ele fica falando de mim quando volto para casa e que frequentemente o aconselha, quando brigamos ou ficamos chateados um com o outro.

Aqui em casa não tenho ninguém, só minha gatinha, a Consciência, que se enrosca em meus pés nas noites geladas e escuta minhas lamúrias, sempre me lembrando o que devo e- principalmente- o que não devo fazer. A Consciência, apesar de castrada, é bem leve, não engordou muito nos últimos meses. Está sempre por perto, descansa ao meu lado e nunca me deixa esquecer as promessas que faço.

Consciência não passa fome, ela está leve, mas é bem alimentada, bem cuidada, bem tratada....faço de tudo para que ela não tenha de que me acusar depois, via de regra, nos damos muito bem. É minha companheira quando estou sozinha, eu a levo para passear durante a tarde e ela sempre me incomoda o dia inteiro quando eu passo a madrugada na internet e durmo a manhã toda.

Estava aqui pensando na Consciência e ela ali, dormindo, quando comecei a estranhar seu nome. Repeti demais "Consciência" neste post e esta palavra começou a tornar-se estranha. Quando repetimos demais uma palavra ela começa a perder o sentido, como se não fizesse parte de nossa língua-pátria. Trocando em miúdos, a palavra desmaia e, pálida, não a reconhecemos mais.

Lembro-me de ter passado dias sem conseguir pronunciar nem ouvir a palavra "Grade" após repetí-la exaustivamente durante uma tarde inteira, na infância. Também aconteceu isso com as palavras "lápis" e "discreto", ambas na adolescência. Claro, isso ocorreu diversas outras vezes, mas essas três foram bem marcantes.

Assim está sendo com "consciência", eu não a reconheço neste instante, embora possa garantir que tal estado não é permanente. Assim espero, senão terei de trocar o nome da gata por algum menos usado...talvez "Tolerância", quem sabe?

sábado, abril 17, 2004

Muito feliz fico em ver que pessoas começam a gostar do que lêem por aqui. Finalmente o côro "fora Josephine" calou-se e as pessoas começaram a ver que existe vida ainda neste Diário. Apesar de haver ainda quem jure que eu e Edmund somos a mesma perturbada pessoa, tudo anda da melhor maneira possível neste espaço virtual.

Hoje operei o dia inteiro em Stand-by. Para quem não sabe, Stand-by é aquele modo em que o aparelho não está nem ligado, nem desligado, ou melhor, está ligado, mas não parece.

Passei o dia inteiro como se tivesse acabado de acordar, ou melhor, passei o dia inteiro como se nem tivesse acordado. Felizmente chega o final de semana para que eu possa entrar em período de hibernação, acordando apenas para escrever e olhar para a cara de Edmund.

Provavelmente eu tenha tomado algum sonífero em meu café-da-manhã. Desconfiaria da minha empregada, caso eu tivesse uma. Como não tenho, começo a desconfiar da padaria em que compro meu pão francês (recuso-me a chamá-lo de "cacetinho", como é de praxe por essas bandas gauchescas).

Edmund, como sempre, ficou deveras preocupado com o meu estado catatônico. O pior foi ter que andar na rua, aquele barulho infernal do trânsito, milhares de pessoas conversando ao mesmo tempo no supermercado, Edmund comentando o filme enquanto assistíamos a um vídeo na casa dele (engraçado, ele não faz isso no cinema e detesta quem costuma fazer, mas em casa é outra coisa) e outros fatores minimamente irritantes que, quando estou em stand-by tornam-se terrivelmente, horrivelmente, desesperadamente irritantes.

O pior é que, como estou em stand-by, não quero responder, nem falar, nem fazer nada, apenas ficar ali, desligada, irritada com o mundo ao meu redor, que jamais se desliga. Voltei, arrastando-me, para casa, nem mesmo comer alguma coisa consegui. Desabei em minha cama e entrei em estado de hibernação por algumas horas.

Acordei, ligada na tomada, elétrica, como é meu estado natural. Que dúvida- vim para o computador, ler comentários e escrever um pouco. Nada mal para uma sexta-feira.

Existem dias que pedem para não existir. Você acorda cedo e quase o ouve dizer: "Por favor, volte para cama, este dia não existe". Quando insistimos, teimosamente, o dia nos mostra exatamente a razão de não existir. Não existe porque não quer existir, não gosta de existir, foi um teste que não deu certo.

E entramos no teste. Tudo dá errado, choramos, caímos, nos confundimos, falamos aquilo que não deveríamos ter dito, tentamos consertar e estragamos tudo de novo...ou, simplesmente, não conseguimos fazer absolutamente nada e o dia torna-se tão inútil quanto se nunca tivesse existido, de verdade.

Mas dias sempre existem. E sempre passam, um a um, ainda que não contem, serão contados, horas inúteis devem ser aproveitadas, eu só ainda não aprendi exatamente como fazer isso. Hoje foi um dia inútil, que poderia ser deletado, um dia sem muita razão de ser, exceto ser ponte entre ontem e amanhã. E isso qualquer dia sabe fazer muito bem.

PS Como todos já devem ter percebido, comecei a escrever no Diálogos Soltos e a partir de hoje começo a dar uma força para a Livs no Diário dos Sonhos. Só tenho que dormir para ter o que postar por lá. Sem jamais me esquecer do Patota's, onde não posto há séculos.

PS 2 Amanhã começo a testar uma nova forma de responder comments para não deixar ninguém sem resposta porque acho terrivelmente antipático e mal-educado responder uns e deixar outros ignorados.

Sim, Flip-Flop, parece que sua teoria começa a se confirmar. Para isso, porém, era necessário que houvesse pessoas lendo os textos, coisa que me parece acontecer agora. Anonimo_Incognito é um Cavaleiro do Zodíaco e sinto que infringi alguma lei cósmica ao obrigá-lo a nos parabenizar por um ano de blog, mas agradeço a benevolência em ter atendido ao meu chamado, em breve será a vez do blog dele fazer aniversário. Pode deixar, Anonimo, estarei por lá.

Rafa, vem a Porto Alegre? Quem sabe possamos combinar para comer uma pizza na Petiskeira :) . O Cara Que Escreve, já li um comentário pré-histórico seu em que reclamava da falta de desenhos. Agora temos o reforço do meu scanner que é infinitamente melhor do que o dele e os desenhos (de ambos) serão mais frequentes por aqui.

Cal, ficarei muito triste, caso os queijos entem em processo de extinção, também espero que isso não ocorra. E guardei um pedaço de bolo para ti. Sobraram algumas borboletas também, quer? André, fiquei feliz ao ver que arrependeu-se dos insultos, isso demonstra que você é uma pessoa de bom caráter. E reafirmo que eu e Edmund não somos a mesma pessoa, mas como provar? Um dia todos vocês saberão. E sim, manter este blog dá trabalho, mas é um trabalho maravilhoso e gratificante. Gaudério San, parabéns atrasados aceitos :), ChiPHeaD, problema resolvido então :)



Alencar, bom vê-lo de volta, achei que tivesse se esquecido de nós. E Aldy, recebemos os beijos e te mandamos em dobro (doe dois, leve quatro!). Bom saber que você gostou daquele comentário que coloquei no A Criatura e a Moça, aliás, qualquer dia eu o colo aqui, se ficar compreensível.

Do outro post, Felipe Miranda , Hélio Sales, Lábios de Pitanga, Danny Floripa , Moreno, li todos os seus comments. Pena que não deu para respondê-los, como eu gostaria.

quinta-feira, abril 15, 2004

Falei das músicas que não saem da cabeça e hoje me deparei com outro problema, gravíssimo (falando nisso, finalmente me livrei de Beethoven e, neste momento estou com as Bachianas número 5, de Heitor Villa-Lobos, sapateando em minha cabeça, mas pelo menos é quase toda a música), percebi, tomando um suco de uva com um sundae daquele tipo do Mc Donald's (não era do Mc Donald's, mas da Petiskeira, uma pizzaria que nos viciou), com calda de caramelo, que um sabor interfere no outro.

De repente eu não estava mais tomando o suco de uva, nem o sundae de caramelo, mas um terceiro elemento, que não tinha nem gosto de uva, nem de baunilha, nem de caramelo, mas um gosto muito estranho que meu cérebro não conseguiu decodificar.

Fomos à tal pizzaria comemorar o aniversário de um ano do blog. Na verdade vamos àquela pizzaria todos os dias, e todos os dias temos algo a comemorar. Costumamos comer algo repetidamente, todos os dias, apenas aquilo, até enjoar e não poder mais ver tal coisa em nossa frente.

Assim foi com o cachorro-quente (sem salsicha, por motivos óbvios), com o milkshake de cappuccino e, certamente, será com a pizza. É uma pena, sinto-me triste, apeguei-me emocionalmente àquela pizza de tal forma que enjoar dela será deixar naquela mesa um pouco de mim, da minha alma, do meu ser esfomeado.

Nada porém, apagará os belos momentos que passamos juntos, aquele talo de brócolis temperado que nos salgava os instantes de emoção, os cinco queijos, sempre unidos e felizes, que sorriam para nós a cada garfada, o frango, perfeitamente sintonizado com o catupiry, que nos enchia de felicidade a cada mordida...

Sentirei saudade de nossas amigas pizzas quando enjoarmos de suas apetitosas caras. Algo, porém, tomará seu lugar.

PS Hoje tem um PS bem comprido. Li um comentário de um leitor em um post pré-histórico e fiz uma anotação nos comments, que transcrevo aqui:

Deixo aqui um lembrete, para não me esquecer de consertar em um próximo post. No dia 02 de Março chamei uma aranha de aracnídeo, logo em seguida, a xinguei de inseto. bem lembrado por um leitor, foi uma tremenda burrice cometida, obviamente sem querer, já que Josephine estudou biologia.

Josephine, que havia passado a madrugada inteira acordada e escrevera aquele texto às sete da manhã, meio dormindo, meio acordada, não lembrou que ninguém consegue ser inseto e aracnídeo ao mesmo tempo, ou se é uma coisa, ou outra. Pobre artrópode! Perdões ao ChiPHeaD, o leitor que reclamou e sentiu-se ofendido em sua inteligência (com toda razão) ao ler tal barbaridade. Redimo-me de tal delito. Depois colo isto em um post.

Colado. Josephine não é tão burra quanto parece, inventou um ser estranho, um híbrido, um artrópode transgênico, parte inseto parte aracnídeo, talvez um cruzamento de aranha com mosquito. De qualquer forma, como comprova o texto do dia 02 de Março, a criatura rara não está mais entre nós, está no céu dos aracnídeos (e não dos insetos). Deixarei errado por lá até terça-feira, para leitores curiosos, quando então o post será consertado.

PS2 Agradeço humildemente os comentários e reparto com vocês este bolo, com cada um de vocês, comentantes. Pena, hoje vai ficar meio corrido tentar responder, mas garanto que li todos os comentários e me diverti um monte com eles. Tentarei respondê-los mais tarde, nos próprios comments, mas por agora, apenas dois recados: Flip Flop, quando chegar a hora você saberá que chegou a hora, ué, porque eu direi "chegou a hora". E de qual das teorias você falava? E Nika , minha sobrinha canta essa música assim: "Do deito que dotê mi óia, dai dá namoio". Coitadinha, tão novinha e já vítima de Glue-music....

Sim, o dia hoje foi super corrido não deu tempo de fazer outro bolo, reedito esse do aniversário do Edmund, com algumas pequenas modificações. Para você, Cal, que perguntou sobre o bolo. Ei-lo:


Recados

Hoje é um dia especial e ao menos três posts serão colocados aqui neste dia. Não ia escrever nada agora, mas ao ver que o Rafa Parente indicou o Diário de um Lunático no Perturbados (Dêem um pulinho lá para ver o que ele escreveu), eu não poderia deixar de fazer um post de agradecimento, afinal de contas, hoje este blog completa um ano de existência! Sim, há exatos (?) 365 dias Edmund postava aqui pela primeira vez, sem nem imaginar que surgiria uma Josephine em sua vida, para tirá-lo da rota lunática à qual ele já estava acostumado. E Rafa, que presente! Obrigada novamente.

Agradeço também a todos aqueles que apareceram por aqui por conta da indicação, espero que não esqueçam o caminho e voltem sempre e fiquem à vontade para ler os textos desta página e dos arquivos, só não me responsabilizo pelo resultado disso em vossos cérebros. Aliás, a todos os comentantes do post anterior:

Moreno: aviso que deu certo e já comecei a escrever no Diálogos Soltos, obrigada pelo convite.

Marcos, tenho medo de Heavy Metal, acho que pode tirar algum parafuso que ainda exista em meu cérebro.

Flip Flop, fico com medo de tomar outro choque e de repente ter uma sinfonia inteira girando repetidamente em meu cérebro, à exaustão.

Gisela de Castro, prometo manter-me longe de Justin Timberlake.

Rafa Parente : alguma sugestão de disquinho infantil?

Lu Farias, cuidado, Beethoven parece ser contagioso.

Sheila, se Beethoven tivesse feito com você o que ele fez comigo, não sei se você ainda nutriria essa simpatia toda por ele. Mas apesar de tudo o que ele me fez, não o troco por Kelly Key, Xuxa...de Bruno e Marrone não falo nada porque minha mãe gosta, eu adoro minha mãe e ela lê este blog.. :)

Mi, finalmente alguém indica este blog na minha presença, achei que eu tivesse jogado o Diário de um Lunático para um limbo sem fim, já que as indicações todas aconteceram na época em que Edmund estava sozinho por aqui (ei, minha memória é péssima, se alguém indicou o blog depois de eu começar a postar, me desculpe e me corrija que eu retiro o que disse).

Bianca, realmente, se for para escolher, Beethoven pelo menos faz Glue-Music clássica :)

GURIA, Não sei, existe a possiblidade de você ser Heiter van? Heiter van diz que não, mas é uma Góia ( quem não sabe o que é uma Góia, leia, nesta página principal, o post do dia 16 de Janeiro em que esse termo foi usado pela primeira vez, e o do dia 21 de Janeiro), uma Góia amiga, porém uma Góia, basta ver o teor de seus comentários por aqui antes de minha chegada e que, sempre que tem oportunidade, tasca um link para cá em seus posts, quanto a isso, devo agradecê-la, o blog dela é bem frequentado.

O que posso te dizer é que Josephine é Josephine, da mesma forma que você é GURIA (e eu só espero que não seja aquela tal de "Sua Guria", outra Góia que comentava por aqui antes de Josephine existir), existe a lenda de que eu sou Heiter van, de que eu sou Alessandra, Paula e sei lá quantos nomes já me deram.

Existe ainda a lenda de que Edmund seja Luís Fernando Veríssimo (não sei de onde tiraram isso), de que seja o namorado da Heiter van (Heiter van namora LFV?), de que seja um tal de Claudio, Henrique e tantos outros nomes. É tão simples! Edmund Bonaparte é Edmund Bonaparte, Josephine ButterFly é Josephine ButterFly, até que se prove o contrário. Quando chegar a hora, provarei.

PS: Precisamos, urgentemente, sair daqui, o Blogger não nos deixa mais fazer upload de html e por isso até hoje não conseguimos atualizar os links, que estão empalhados no link "Blogs Alucinados", à esquerda. Morro de vontade de tirar os que não existem mais, consertar os que estão desatualizados e incluir novos blogs ali, mas não conseguimos. Em breve teremos nosso novo espaço, onde os links viverão novamente, atualizados e felizes. Aguardemos.

terça-feira, abril 13, 2004

Há dias estou com uma música na cabeça. Na verdade nem é uma música propriamente dita, são quatro acordes de uma composição de Beethoven. É, que droga, o troço colou na minha cabeça e não consigo tirar. Sempre que consigo colocar outra coisa no lugar, sem que eu perceba os acordes acabam voltando.

Estou certa de que essa repetitividade acaba por estressar o cérebro e causa alguma espécie de fadiga crônica que faz com que boa parte dos neurônios perca sua função.

Particularmente nunca consigo ficar sem trilha sonora em minha mente, o tempo inteiro tenho uma música na cabeça, mas sempre varia, nunca aconteceu de ficar uma semana com a mesma música na cabeça, muito menos com apenas quatro acordes da dita-cuja, repetindo-se à exaustão, como em uma sessão de tortura nazista.

Não sei quem grudou Beethoven em meu córtex, nem mesmo sabia que Beethoven era assim tão colável. Sabia que coisas como a Kelly Key, É o Tchan, Bonde do Tigrão e outras anomalias fazem músicas do tipo "adesivo", algo que chamarei de "Glue-Music", mas jamais imaginei tal coisa do sempre tão erudito Bee (Ok, desculpe a initmidade apicutural, posso Chamá-lo de Thoven ou, quem sabe, de Lud).

Estou exausta, cansada mesmo, a tal melodia repetitiva está levando meus nervos ao completo esfrangalhamento, preciso, urgentemente, de algo que retire para sempre os tais acordes de meus ouvidos cerebrais. Quem sabe Vivaldi ou Chopin possam me ajudar....sei não, talvez eles possam piorar, doando mais uns dois acordes cada um, completamente dissonantes do resquício de Beethoven que ouço dentro de minha caixa craniana.

PRECISO mandar Beethoven calar-se, se Edmund reclamava dos sons que ele escuta em silêncio, estou aqui reclamando das músicas que não escuto, mas que ouço em minha mente.....aaaaaaaaaarrrrgghhhh!!!! Isto é, no mínimo, angustiante.


domingo, abril 11, 2004

Chocada

Intensa demais, me empolgo com tanta força discutindo, conversando e contando histórias que chego em casa com o coração acelerado, a respiração ofegante e milhares de pensamentos desordenados pulando em minha cabeça. Deito na cama, respiro fundo, uma vez, duas, três, como minha mãe costumava me ensinar.

Aos poucos a mente vai voltando ao lugar (o lugar dela não é muito certo, mas ao menos é algum lugar), o coração desacelera, a respiração retorna....coisa semelhante acontece quando escrevo um texto desenfreado, há uma descarga tão forte de adrenalina no sangue que faria qualquer esporte radical parecer uma partida de bocha. Estranho como antes eu não notava que vivia assim ligada na tomada, aliás, até me achava bem calminha.

De uns tempos para cá fui notando que soltava faíscas por aí e esse dilúvio de adrenalina na corrente sanguínea por qualquer coisinha. Porém ontem descobri algo que me tirou da tomada instantaneamente, embora não seja minha intenção repetir a experiência. Saí do banho, a pele ainda úmida, resolvi entrar na internet. Descuidada, coloquei o plug na tomada, encostando o dedo no pino, estupidamente.

Acredito que não haja neste planeta indivíduo da espécie humana que não tenha passado pela experiência de tomar um choque. Creio que tamanha descarga elétrica tenha amortecido parte do meu sistema nervoso porque instantaneamente ele ficou bem calminho.

Como disse, não tenho a intenção de repetir a experiência e nem recomendo que vocês façam isso em casa, mesmo com a supervisão de um adulto, no entanto posso dizer que passei por um tratamento de choque, literalmente, e consegui deixar naquele segundo de terrivel intensidade todo o stress e a neurose que habitavam a minha mente. Porém não adiantou muita coisa, hoje voltei ao meu taquicardíaco estado normal e pude comprovar a total ineficiência, a longo prazo, da ministração de eletrochoques.

Acho que me fará melhor bem comprar aqueles adaptadores para plugs de computador (conecto o meu em um "T", deixando um pino de fora) e certificar-me de que minhas mãos estão bem secas ao mexer em aparelhos elétricos. Engraçado, vejo esses avisos todos os dias quando ando de metrô, com desenhinho e tudo, mas a gente só aprende- mesmo- com a experiência.

Lembro-me de minha sobrinha, em sua baixa infância, que colocou uma chave na tomada e levou um choque imenso, ficando terrivelmente assustada e quase matando sua mãe do coração com o grito que deu. Até hoje, para ela, a tomada tem outro nome, chama-se "dodói da paiêde" (tradução simultânea: dodói da parede).

Efeito final: após a descarga de adrenalina e o aceleramento do coração e respiração, vem o cansaço e abatimento, como se eu tivesse carregado quinhentos quilos de chumbo, ou de pedra. O que, garanto, não fiz. No entanto postar um texto hoje aqui era questão de honra, mesmo porque começo a me afeiçoar à este blog.

Porém, quando demorarmos para postar ou caso algum dia não postemos, jamais feche essa janela, ressentido. Existem, tenho certeza, alguns poucos ou muitos textos neste blog que você ainda não leu e não sabe o que está perdendo (modéstia passou longe e deu tchauzinho), que te fariam bela companhia nesses momentos de total solidão e abandono. Não que eu esteja premeditando nada, é apenas uma sugestão Josephínica.

PS Rafa Parente cogita a hipótese dos ruídos do silêncio levantados por Edmund no post anterior serem uma espécie de comunicação com os mortos que mantemos em estado de sonolência e pede nossa opinião. Rafa, não sei mesmo quanto a você, mas eu e o Edmund não costumamos nos desprender de nossos corpos, muito pelo contrário, estamos muito ligados a eles, nunca encontrei nenhuma alma-penada que murmurasse ruídos ininteligíveis, aliás, nem que gritasse...a bem da verdade, nunca conheci nenhuma alma-penada (nem sem penas) e, sinceramente, não faço a mínima questão de manter contato com elas, ainda que pudessem se comunicar. Já é difícil a convivência com os vivos, ainda teria que me incomodar com criaturas que, se quisessem que se comunicar comigo, não deveriam ter morrido. Já que morreram, que fiquem longe :)

Mas a questão é outra, os ruídos dos quais Edmund falava naquele post são aqueles que a gente ouve em silêncio, acordados mesmo, quando nada mais parece fazer algum barulho, quando tapamos os ouvidos ou qualquer outra atividade consciente inibidora de sons externos. Nada sobre espíritos, nem sobre sonhos ou extraterrestre e vida após a morte.

Quanto à autorização para indicar o Diário de um Lunático no Perturbados
, claro que autorizamos, fique à vontade, lisonjeados ficamos.


PS2 Louco, engraçado que talvez o barulho maximizado de um lugar cheio de gente falando ao mesmo tempo minimize o som do silêncio e, por conseguinte, aumente o silêncio do som, nos fazendo, finalmente, encontrar o silêncio.

PS3 Egometipse, o engraçado é que mesmo com os ruídos interiores em sua comunicação, Edmund consegue ficar sozinho consigo mesmo, bater altos papos e até discutir, sem graves problemas. Quer dizer, ruídos na comunicação sempre trazem problemas. E fiquei com medo daquela história de que temos cerca de um quilo de microorganismos coexistindo em nós...eles deveriam fazer regime, não?

PS4 Flip-flop, biologia também não é minha área (e nem o post era meu para que eu responda os comentários), mas achei deveras interessante sua explicação sobre o caracol martelando em nossos ouvidos. Só não consegui entender como ele segura o martelo, mas a simples presença desse instrumento já explica a existência de algum som no meio do nada. :)

PS5 Coisa óbvia de se dizer, mas de vez em quando alguém pergunta e é sempre útil (e antipático) repetir: todos os textos deste blog são de nossa autoria e nenhum é de domínio público, estando devidamente registrados. Toda citação do conteúdo deve vir acompanhada dos devidos créditos, isto é, o nome do autor do texto e a url do blog, como fez o dono deste blog
com uma frase que copiou daqui. Está de parabéns pelo tratamento correto dado aos autores das frases que coleta.

quinta-feira, abril 08, 2004

Hoje, quase amanhã

Cá estamos nós novamente. Confesso, mea culpa, mea massima culpa, era para eu ter postado ontem, mas cheguei em casa e fui abduzida por minha cama, tamanho o cansaço que tomava conta do meu ser. Achei que conseguiria descansar alguns minutos antes de vir ao computador, mas só acordei no dia seguinte. Assim, atrapalhei todo o bom andamento deste diário, fazendo com que ele deixasse de ser diário, ao menos por um dia.

Venho antes da meia-noite de hoje para tentar minimizar os efeitos de tão catastrófica situação. Sendo assim, Edmund, que postaria nesta quinta, postará apenas na sexta, ainda que ele possa postar no sábado também, se quiser. Enfim, nada impede que postemos os dois no mesmo dia, se assim desejarmos, porque este blog não tem relógio de ponto.

Edmund é um cara muito legal, mas às vezes ele é bastante chato. Algumas situações parecem existir para testar meu auto-controle e ver exatamente qual é o ponto de explosão de Josephine. Devo dizer que Josephine costuma ser uma pessoa muito controlada, exceto quando se descontrola.

Nada contra Edmund me perguntar as coisas, mas para certificar-se de que é aquela mesma a minha resposta, como todo bom lunático, ele não se contenta em perguntar uma vez apenas, pergunta a segunda vez, para ouvir resposta semelhante. Caso haja ainda alguma dúvida ou ele consiga perceber uma nuance de dubiedade em meu tom de voz, não hesita em perguntar a terceira vez, na ânsia de me agradar, para que eu não faça nada que não queira realmente fazer.

Assim que eu respondo, após um profundo suspiro de auto-controle pela terceira vez, ele, inseguro pelo suspiro, faz a mesma pergunta pela quarta vez. Respondendo Josephine, já vermelha, o parco auto-controle sinalizando perigo, Edmund, só para confirmar, faz a exata questão pela quinta vez. Pobre Josephine, já não sabe mais se ri, chora ou grita, na dúvida, inguenuamente, responde. Por exemplo:

-Josephine, você quer comer pizza?
-Quero.
-Você quer comer pizza?
-Quero.
-Quer comer pizza?
-Sim, quero.
-Quer mesmo comer pizza?
-É, eu quero comer pizza.
-Tem certeza de que quer comer pizza? Se não quiser comer pizza a gente não precisa comer pizza, se não quiser comer pizza a gente come outra coisa, você tem certeza de que quer comer pizza?
-Tenho certeza, eu quero comer pizza.
-Você quer comer pizza?
-(suspiro) É, Edmund, eu quero comer pizza.
-Por que você fez isso?
-Isso o quê?
-(suspiro)
-Estou apenas respirando. Vamos logo comer a pizza.
-Você tem certeza de que quer comer pizza?
-Argh! Não, eu não quero comer pizza!!!
-Por que você não quer comer pizza?

Quase sempre cada nova resposta produz uma nova pergunta, que, geralmente, é a mesma anterior. Existem pessoas que conseguem responder a mesma resposta à exata pergunta infinitamente, à exaustão, eu não sou uma delas. Repetir uma pergunta que eu já respondi para que eu responda novamente a mesma coisa, me irrita.

Decidi então dar o troco. Toda vez que ele me perguntava algo eu respondia, assim que ele perguntava pela segunda vez (e as perguntas sempre eram seguidas, sem grandes pausas para respirar) eu respondia exatamente o contrário do que eu tinha respondido antes, por exemplo:

-Você quer comer pizza?
-Quero.
-Quer comer pizza?
-Não, não quero.
-Não quer?
-Quero.
-Quer comer pizza ou não quer comer pizza?
-Quero, quero comer pizza.
-Tem certeza de que quer comer pizza?
-Tenho.
-Tem certeza?
-Não.
-Não tem?
-Tenho sim.
-Tem?
-Não, não tenho.
-Não tem certeza?
-Tenho certeza.
-Tem certeza ou não tem certeza?
-Você quer comer pizza?

No início Edmund ficou ligeiramente alucinado com essa minha nova técnica, mas agora ao menos conseguimos chegar a um consenso sem dar tantas voltas em círculos. Agora andamos em vírgulas, mas ao menos chegamos a algum lugar. Hoje comemos pizza e o rapaz que nos atendeu na pizzaria, todo simpático, nos elogiou, dizendo que nós o conquistamos com nossa simpatia :) A pizza também estava bastante simpática.

Posso dizer que ando bastante controlada nos ataques e chiliques que eu tinha antes e dos quais ainda não falei aqui, mas falarei em momento apropriado. Namorar Edmund tem sido um baita exercício para minha escassa paciência, extenuante, porém gratificante.

Amanhã conhecerei mais uma parte da família de Edmund, um outro pedaço da família Bonaparte, que mora em uma caverna isolada da cidade, por isso não os conhecia até agora. Vamos com o lunaticomóvel (que sim, é uma carra), Edmund dirigirá, sem os antialucinógenos. Espero que consigamos chegar.

PS:Amei a continuação de vocês para a lista de atravancamento do Edmund. É algo que me fascinou neste blog, o senso de humor dos leitores, hilário.

PS2 Flip Flop, vamos estudar uma nova mudança. Esses dias ouvi de uma leitora que gostou mais do template escuro porque ficava melhor de ler. Estranho, não? Mas não foi a única, assim como você não é o único a dizer o contrário. Em todo caso, agradeço se mais alguém quiser se manifestar a respeito. Template preto com letras brancas ou branco com letras pretas?

PS3 LittleWinnie chamou-me de "figura apaixonante"..uau...gostei disso :). Agradeço, com certeza, embora minha incomensurável modéstia me impeça de concordar :).

Respeitosos beijos a todos!

segunda-feira, abril 05, 2004

Tenho notado algumas alterações que minha nada insignificante presença têm feito na rotina de Edmund. Na verdade houve uma total transformação na rotina de Edmund, poderia dizer que virei sua vida de pernas para o ar, se ele já não vivesse de cabeça para baixo.

Hoje saímos para tomar uma bebida muito apreciada por Edmund, milkshake de cappuccino. Conhecemos apenas um lugar que fabrica o tal milkshake, embora certamente existam quinhentos outros que desconhecemos. Estranhamente, a cada vez que vamos àquela lanchonete, o troço está com um gosto diferente.

No início até que tinha gosto de cappuccino com sorvete e uma calda de chocolate que disfarçava a beberagem de milkshake, mas conforme os dias foram passando o estranho líquido foi ficando cada vez mais estranho. No último dia em que o tomamos ele estava com mais gosto de sorvete do que de qualquer outra coisa. Mais doce, a meu ver, mais gostoso.

Hoje, Edmund com uma vontade quase incontrolável de tomar o milkshake (e quando Edmund tem vontades quase incontroláveis elas devem ser prontamente atendidas, sob o risco de....sei lá o que aconteceria, mas prefiro não me arriscar), acabamos chegando à referida lanchonete e pedindo a tal bebida. Ou melhor, duas, já que sempre o acompanho nessas aventuras gastronômicas.

Eis que chega o copo, tipo tulipa, com o pálido líquido deprimido. Estranhamente a calda de chocolate (que era o que fazia o milkshake ficar "bebível") havia desaparecido, provavelmente abduzida por seres sobrenaturais extremamente sádicos. Experimentei um gole da bebida. Horrível! Gosto de café gelado e sem açúcar, cor de café com leite aguado, líquido.

Sem nem mesmo pensar, levantei-me da cadeira, peguei meu copo e o de Edmund e, sempre sorridente (Josephine é uma criatura bastante simpática, embora não pareça), aproximei-me do balcão. Sob o olhar assassino das três atendentes fiz, sempre sorridente e delicada, minha reclamação:

-Moça, esse milkshake está diferente hoje...na verdade está horrível, um gosto muito forte de café e sem calda de chocolate. - Sem desfazer o sorriso.

Ela, sem disfarçar o olhar maligno, perguntou se eu queria que ela fizesse de novo, afirmei que sim. Voltando à mesa, resolvi comer o salgado que compramos enqüanto o milkshake repaginado não chegava. Ao pegá-lo notei o terrível complô: o salgado estava gelado! Alguém não queria nossa presença naquele estranho lugar.

Não tive dúvidas, peguei o meu salgado e o de Edmund e voltei ao balcão:
-Com licença, moça, alguém está nos boicotando, esse salgado está gelado.

Desta vez com um sorriso amarelo (aquele mesmo), ela pegou os salgados de minha mão e os colocou no microondas, desculpando-se pelo ocorrido.

Alguns minutos depois, volta o líquido do copo tulipa. Aparentemente pouco havia se alterado, acredito que acrescentaram um pouco mais de sorvete e açúcar, mas nada da calda de chocolate. Se não ficou bom como costumava ser, ao menos não ficou tão ruim quanto estava antes. Deglutível, apreciável. Edmund disse que aquilo acontecera porque hoje era dia de comer pizza, não de tomar milkshake. Ele acredita que há um dia pré-determinado para cada alimento no universo.

Enqüanto tomava o milk-shake consertado e comia o salgado aquecido, tive uma revelação, confirmada por Edmund. Perguntei-lhe:

-Eddie, se eu não estivesse aqui você teria tomado o milk-shake com gosto de café gelado sem açúcar e o salgado frio?
-Provavelmente sim. - Foi a resposta que já imaginava ouvir.

Acomodaria-se à situação desconfortável para não tornar a situação desconfortável para as atendentes da lanchonete. Eu me importo com elas, obviamente, mas muito mais comigo e com a qualidade do serviço que deveriam me oferecer, a exótica bebida não é barata e há um cartaz junto ao caixa recomendando-a como se fosse a oitava maravilha do mundo. O mínimo que deveriam me oferecer era um serviço de qualidade e uma bebida condizente com toda aquela fama.

O erro, nesse caso, jamais estaria em reclamar, mas em vender lebre por gato (porque o contrário, mas comum, me alegraria muito, já que adoro gatos e não sou muito chegada em lebres). Porém, Edmund jamais faria isso sozinho, ou até faria, mas com alguns efeitos colaterais que ninguém poderia prever.


PS Livs, temo afetar seriamente a sanidade mental de alguém se começar a postar no blog que você mencionou. Hoje mesmo tive um sonho em que figuraram o Homem-Aranha, um elevador gigantesco com um ascensorista antipático, a mansão do Michael Jackson, o próprio Michael em três versões: pequeno, adulto branco e negro. Houve também um fuzilamento em uma paisagem meio western, aquele sol de rachar no meio do Texas. Edmund, quando lhe contei: "Você tem uns sonhos muito estranhos". Isso porque nos sonhos dele não existe parede, nem chão, nem teto, nem nada, as coisas derretem...ele sonha em rascunho. E meus sonhos é que são estranhos...hum...sei...

PS2 Flip flop diz que sonhou com Edmund e que, no sonho, Eddie "morava em um apartamentinho minúsculo, com somente uma peça, possuía o estereótipo típico de nerd (não querendo rotular, mas já rotulando), e tinha pouco cabelo." Deixe-me esclarecer alguns pontos: Edmund mora em uma casa. Minúscula sim, porém uma casa, com alguns cômodos, eu moro em um apartamentinho minúsculo, mas ele tem mais de uma peça.

Quanto às características físicas, não sei exatamente o que é "estereótipo típico de nerd", mas ele se assemelha aos desenhos que faz dele mesmo (ou não). Quanto ao pouco cabelo, se você notar meu desenho do dia 06 de Fevereiro, perceberá que Edmund tem cabelo sim. E muito cabelo...

Enfim, seu sonho estava todo errado. :) Espero que saber disso não te cause danos cerebrais irreversíveis.

domingo, abril 04, 2004

Em alguns momentos sinto em mim uma certa incapacidade em contar determinadas coisas que quando vividas têm alguma graça e quando contadas, graça nenhuma. No máximo arrancam do meu interlocutor um sorriso amarelo, daqueles que a gente dá por educação, para que a pessoa que relatou o tal fato não se sinta a incompetente que, de fato, é.

Edmund, por outro lado, é engraçado sem a intenção de ser, às vezes coisas que quando vividas não têm graça alguma tornam-se insuportavelmente divertidas quando ele as conta. Impossível não nos sentarmos à mesa com alguns amigos e em poucos instantes todos estarem aos berros, gargalhando, acreditando, certamente, tratar-se de um grande gozador. Sim, são poucos os que percebem que ele não está brincando.

Por esse motivo, Edmund tem muitos amigos. Nem todos são normais, na verdade a maioria não é. Poderia citar alguns exemplos, mas como o blog é público posso, de repente, correr o risco de estar sendo lida por algum deles que, reconhecendo-se, venha tirar satisfações.

Também corro outro sério risco, como ninguém sabe exatamente quem é Edmund Bonaparte, algum outro maluco pode achar que estou falando dele, ainda que nunca tenha visto sua alucinada cara, imaginar que Edmund é um amigo dele e ver em mim a namorada desse incauto amigo, depois ir tirar satisfações com o fulano que, coitado, não saberá se explicar. Assim, temo trazer graves problemas para terceiros, quartos ou quintos desavisados.

É o problema de viver em sociedade. Sempre achamos que vivemos mais em sociedade do que realmente vivemos, que a vida dos outros gira em torno da nossa vida e quando vemos um grupo de amigos conversando em rodinha, olhando para o nosso lado, imaginamos que estão falando de nós, quando alguém diz que não pode conversar agora, por ter um problema a resolver, já achamos que é uma desculpa que a pessoa inventou para não precisar falar conosco.

Não imaginamos que há dezenas de milhares de assuntos para um grupo de pessoas discutir, embora muitas vezes pessoas prefiram falar de outras pessoas do que de coisa mais importante. Também esquecemos de que as pessoas costumam ter trilhões de coisas a fazer e que algumas não podem esperar, às vezes - mesmo - ligamos exatamente no horário da coisa que não pode esperar.

Assim como sempre costumamos estender a resposta de alguém (mulheres são experts em fazer isso). A pessoa diz: "Não posso falar agora" e a gente pensa: "ele disse que não pode falar agora porque deve ter algo mais importante para fazer...se tem algo mais importante do que eu é porque eu não sou tão importante assim...se eu não sou tão importante assim é porque ele não gosta de mim...se ele não gosta de mim, não falo mais com ele!" Enquanto o pobre indivíduo só queria que a pessoa esperasse.

Esses dias fiz isso com Edmund. Na verdade faço isso sempre, mas esses dias eu falei para ele todo esse raciocínio acima. Ele fez aquela cara de Edmund e me respondeu: "Mas...eu só pensei a frase que eu disse mesmo!" E ele só tinha pensado aquela frase mesmo, o resto foi invenção de minha cabeça feminina alucinada..aprendi. Acho que aprendi alguma coisa, o cérebro masculino funciona de outra forma. Nem melhor, nem pior, apenas diferente, o de Edmund então...


PS: Alencar me perguntou se Edmund tem dentes de coelho...estranhei a pergunta. Nem diga isso, Alencar, Ed detesta coelhos. Para saber mais sobre isso, vá nos arquivos de Abril, dia 19 de Abril de 2003, para ser mais exata, ou melhor, mais fácil, siga o link. Lá há um texto explicativo sobre a gênese do pavor que Edmund sente em relação a esses bichinhos, em um texto sobre O Abominável Coelhinho da Páscoa
. Vale a pena ler.

PS2 Mi me pergunta se é mais divertido cuidar de um blog em dupla do que sozinha. Sinceramente, não faço a mínima idéia. Tenho um grave problema em relação a este blog, que o Flip-flop já identificou. Sinto-me uma intrusa, o blog não é meu, nem é nosso, é dele (ainda que ele diga que é nosso). Ao mesmo tempo ele mesmo mal posta em seu blog nos últimos meses, o que o faz ser meu, ainda sendo nosso, mesmo que seja apenas dele.

Isto é, apenas uma vez dividi o blog com outras pessoas (éramos sete), mas durou apenas três posts, pedi para sair porque também achava que não me encaixava ali, como se eu não fizesse, realmente, parte daquele blog e as pessoas tivessem que me aturar. Como vê, é um problema recorrente.

O bom de um blog conjunto é a divisão de responsabilidades, quando você não posta nada o blog não fica completamente abandonado. A menos que a outra pessoa também não poste, aí dá na mesma um blog em conjunto ou um blog individual.

Fora isso, sempre me dei bem com blogs individuais, quando eu era o único indivíduo resposável pela coisa. Embora de vez em quando canse, da mesma forma. Blogs em dupla são bons, se não houver briga pelo território.

PS3 Flip-flop, Edmund gostou da sua idéia de alterar o título do blog (não sei por que ele mesmo não diz isso, já que não tira pedaço deixar ao menos um mísero comentário neste mísero blog), eu não gostei, aí veio a paranóia de estar descaracterizando o blog, como se eu estivesse mexendo em algum tesouro arqueológico recentemente desenterrado. Meu senso histórico não permite cogitar essa hipótese. Ainda não sei o que Edmund decidiu, o que será feito. Ele me disse que agora não está mais sozinho, por isso o blog pode mudar. Não acho, acho que já me intrometi demais na vida dele, e este blog... bem... não é meu, né? :)

PS4 Joe também é da época em que fotógrafos e pais ainda não sabiam que seus filhos cresciam... Blanda, também acho Edmund fofíssimo naquela foto, ele ainda não tinha idade para eu ter ciúme (e eu nem tinha nascido) fique tranqüila.

PS5 Livs, todas as mães são iguais, viu? Um dia também seremos assim...já me preparo para tirar quinhentas fotos do pequeno Edmundinho nas piores situações possíveis, enqüanto ele ainda for bebê e não puder se defender, como, por exemplo, sentado no trocador cheirando uma fralda cheia de cocô, ou no cadeirão com o rostinho todo sujo de papinha de beterraba ou, a clássica, aos três meses, sem roupinhas, todo feliz, deitado de bumbum para cima no sofá da sala :)

Esperando, é claro, que ele encontre uma namorada a quem ele queira impressionar a todo custo e a leve para conhecer seus pais (eu e Edmund), então sacarei álbuns e mais álbuns previamente selecionados para avermelhar meu pobre filhinho....de propósito, é claro. Isso dá um prazer indescritível a toda mãe.

sábado, abril 03, 2004

Uma coisa que as mães sabem fazer muito bem é encabular seus filhos, mostrando fotos de quando eles eram pequenos, em poses esdrúxulas, porém fofas, ou em situações fofas, porém esdrúxulas, a senhora Bonaparte não é diferente.

Amo olhar fotos, principalmente fotos antigas, minha felicidade é que Edmund dificilmente se encabula com alguma coisa, assim pude olhar, tranqüilamente, e encontrar coisas interessantíssimas, como a lembrança do primeiro aniversário de Edmund, há incontáveis anos, em sua primeira infância, uma época em que os fotógrafos nem sequer imaginavam que crianças cresciam e dezenas de pessoas possuem até hoje a prova de que Edmund era um bebê incrivelmente fofo...acho que ao menos esta foto posso postar aqui....



PS: Se não postei antes foi por culpa do blogger, que a cada cinco segundos me avisava que minha sessão havia morrido. Com isso, acabei postando no sábado o post de sexta. Como ainda está escuro e eu ainda não dormi, tecnicamente hoje ainda é ontem. E estou perdoada. Não estou?

PS 2 Flip-flop diz, em seu mais recente comentário, que "a quantidade de comentários associados aos posts de um blog é diretamente proporcional à freqüência em que os ditos posts aparecem". Bem, apesar do blogger parecer torcer contra, este Diário voltará a ser diário então poderemos comprovar sua teoria. Ou não. De qualquer forma, obrigada ao pessoal do apoio comentarístico, dando ânimo a esta desanimada Josephine.

PS3 Livs, tanto eu quanto Edmund fazemos os desenhos em passos evolutivos, primeiro à lápis, depois passamos a caneta preta por cima do traço do lápis (e às vezes vai direto à caneta mesmo), depois o desenho é scaneado e colorido no Paint Brush ou Photoshop ou ambas as alternativas anteriores.

Eu costumava passar à caneta muito de leve e acabava tendo que reforçar o traço no computador, o que sempre ficava horrível. Agora começo a pegar o jeito, embora esteja igualmente horrível :). Quem escreve e desenha aqui é o Edmund, eu só encho lingüiça.


sexta-feira, abril 02, 2004

Josephine Reclamando De Novo

Pois é, a partir de hoje o blog passa a ser diário. Não, ele nunca deixou de ser Diário, mas há muito não é mais diário. A partir de agora voltará a fazer jus ao nome e será um Diário diário, como deve ser.

Estranho o nome continuar sendo esse mesmo tendo uma intrusa aqui. Edmund volta a alucinar, alternando posts comigo. Ainda não sei qual será meu destino nesta nova fase, mesmo porque não acredito em destino.

Josephine ButterFly. Que raio de nome é esse? Josephine....não gosta? Eu gosto...se não gostar, reclame para a minha mãe, eu nada tenho com isso. Quanto ao "ButterFly", obviamente não é um sobrenome.

É algo a ser traduzido de diversas formas....tanto aglutinado, como "Borboleta", quanto separadamente: Butter: manteiga, Fly: voar... ButterFly pode ser uma espécie de manteiga voadora, embora para chegar a esse resultado o nome devesse ser "Fying Butter" ou coisa do gênero, não sou grande conhecedora de línguas estrangeiras.

Uma terceira tradução seria dizer que, no original, ButterFly nada mais era do que Buttered Fly...ou uma Mosca Amanteigada. Pode ser. Seja lá qual for o significado profundo que isso tenha ao ser analisado. Abstenho-me de tais considerações.

A dupla Edmund/Josephine, a parceria unilateral que fazemos por aqui, continua. Por tempo indeterminado, já que estamos quase de mudança. Porém quero saber quem irá conosco para onde formos.

Sinto que apenas 5% dos leitores deste blog vão com a minha cara e compreendo-os, completamente. Apenas gostaria que se manifestassem mesmo aqueles que me desprezam terrivelmente, e que voltam sempre aqui em busca de algum post do tipo: "Terminei com Edmund, a partir de hoje não escrevo mais neste blog".

Apenas com comentários diários a gente se anima a escrever diariamente, é esse o mundo dos blogs, não é mesmo? Edmund nunca sentiu assim, mas as pessoas normais precisam de alimento. Feed-back. Agradeço a quem tem evitado que eu morra de fome.