Hoje, quase amanhã
Cá estamos nós novamente. Confesso, mea culpa, mea massima culpa, era para eu ter postado ontem, mas cheguei em casa e fui abduzida por minha cama, tamanho o cansaço que tomava conta do meu ser. Achei que conseguiria descansar alguns minutos antes de vir ao computador, mas só acordei no dia seguinte. Assim, atrapalhei todo o bom andamento deste diário, fazendo com que ele deixasse de ser diário, ao menos por um dia.
Venho antes da meia-noite de hoje para tentar minimizar os efeitos de tão catastrófica situação. Sendo assim, Edmund, que postaria nesta quinta, postará apenas na sexta, ainda que ele possa postar no sábado também, se quiser. Enfim, nada impede que postemos os dois no mesmo dia, se assim desejarmos, porque este blog não tem relógio de ponto.
Edmund é um cara muito legal, mas às vezes ele é bastante chato. Algumas situações parecem existir para testar meu auto-controle e ver exatamente qual é o ponto de explosão de Josephine. Devo dizer que Josephine costuma ser uma pessoa muito controlada, exceto quando se descontrola.
Nada contra Edmund me perguntar as coisas, mas para certificar-se de que é aquela mesma a minha resposta, como todo bom lunático, ele não se contenta em perguntar uma vez apenas, pergunta a segunda vez, para ouvir resposta semelhante. Caso haja ainda alguma dúvida ou ele consiga perceber uma nuance de dubiedade em meu tom de voz, não hesita em perguntar a terceira vez, na ânsia de me agradar, para que eu não faça nada que não queira realmente fazer.
Assim que eu respondo, após um profundo suspiro de auto-controle pela terceira vez, ele, inseguro pelo suspiro, faz a mesma pergunta pela quarta vez. Respondendo Josephine, já vermelha, o parco auto-controle sinalizando perigo, Edmund, só para confirmar, faz a exata questão pela quinta vez. Pobre Josephine, já não sabe mais se ri, chora ou grita, na dúvida, inguenuamente, responde. Por exemplo:
-Josephine, você quer comer pizza?
-Quero.
-Você quer comer pizza?
-Quero.
-Quer comer pizza?
-Sim, quero.
-Quer mesmo comer pizza?
-É, eu quero comer pizza.
-Tem certeza de que quer comer pizza? Se não quiser comer pizza a gente não precisa comer pizza, se não quiser comer pizza a gente come outra coisa, você tem certeza de que quer comer pizza?
-Tenho certeza, eu quero comer pizza.
-Você quer comer pizza?
-(suspiro) É, Edmund, eu quero comer pizza.
-Por que você fez isso?
-Isso o quê?
-(suspiro)
-Estou apenas respirando. Vamos logo comer a pizza.
-Você tem certeza de que quer comer pizza?
-Argh! Não, eu não quero comer pizza!!!
-Por que você não quer comer pizza?
Quase sempre cada nova resposta produz uma nova pergunta, que, geralmente, é a mesma anterior. Existem pessoas que conseguem responder a mesma resposta à exata pergunta infinitamente, à exaustão, eu não sou uma delas. Repetir uma pergunta que eu já respondi para que eu responda novamente a mesma coisa, me irrita.
Decidi então dar o troco. Toda vez que ele me perguntava algo eu respondia, assim que ele perguntava pela segunda vez (e as perguntas sempre eram seguidas, sem grandes pausas para respirar) eu respondia exatamente o contrário do que eu tinha respondido antes, por exemplo:
-Você quer comer pizza?
-Quero.
-Quer comer pizza?
-Não, não quero.
-Não quer?
-Quero.
-Quer comer pizza ou não quer comer pizza?
-Quero, quero comer pizza.
-Tem certeza de que quer comer pizza?
-Tenho.
-Tem certeza?
-Não.
-Não tem?
-Tenho sim.
-Tem?
-Não, não tenho.
-Não tem certeza?
-Tenho certeza.
-Tem certeza ou não tem certeza?
-Você quer comer pizza?
No início Edmund ficou ligeiramente alucinado com essa minha nova técnica, mas agora ao menos conseguimos chegar a um consenso sem dar tantas voltas em círculos. Agora andamos em vírgulas, mas ao menos chegamos a algum lugar. Hoje comemos pizza e o rapaz que nos atendeu na pizzaria, todo simpático, nos elogiou, dizendo que nós o conquistamos com nossa simpatia :) A pizza também estava bastante simpática.
Posso dizer que ando bastante controlada nos ataques e chiliques que eu tinha antes e dos quais ainda não falei aqui, mas falarei em momento apropriado. Namorar Edmund tem sido um baita exercício para minha escassa paciência, extenuante, porém gratificante.
Amanhã conhecerei mais uma parte da família de Edmund, um outro pedaço da família Bonaparte, que mora em uma caverna isolada da cidade, por isso não os conhecia até agora. Vamos com o lunaticomóvel (que sim, é uma carra), Edmund dirigirá, sem os antialucinógenos. Espero que consigamos chegar.
PS:Amei a continuação de vocês para a lista de atravancamento do Edmund. É algo que me fascinou neste blog, o senso de humor dos leitores, hilário.
PS2 Flip Flop, vamos estudar uma nova mudança. Esses dias ouvi de uma leitora que gostou mais do template escuro porque ficava melhor de ler. Estranho, não? Mas não foi a única, assim como você não é o único a dizer o contrário. Em todo caso, agradeço se mais alguém quiser se manifestar a respeito. Template preto com letras brancas ou branco com letras pretas?
PS3 LittleWinnie chamou-me de "figura apaixonante"..uau...gostei disso :). Agradeço, com certeza, embora minha incomensurável modéstia me impeça de concordar :).
Respeitosos beijos a todos!
Venho antes da meia-noite de hoje para tentar minimizar os efeitos de tão catastrófica situação. Sendo assim, Edmund, que postaria nesta quinta, postará apenas na sexta, ainda que ele possa postar no sábado também, se quiser. Enfim, nada impede que postemos os dois no mesmo dia, se assim desejarmos, porque este blog não tem relógio de ponto.
Edmund é um cara muito legal, mas às vezes ele é bastante chato. Algumas situações parecem existir para testar meu auto-controle e ver exatamente qual é o ponto de explosão de Josephine. Devo dizer que Josephine costuma ser uma pessoa muito controlada, exceto quando se descontrola.
Nada contra Edmund me perguntar as coisas, mas para certificar-se de que é aquela mesma a minha resposta, como todo bom lunático, ele não se contenta em perguntar uma vez apenas, pergunta a segunda vez, para ouvir resposta semelhante. Caso haja ainda alguma dúvida ou ele consiga perceber uma nuance de dubiedade em meu tom de voz, não hesita em perguntar a terceira vez, na ânsia de me agradar, para que eu não faça nada que não queira realmente fazer.
Assim que eu respondo, após um profundo suspiro de auto-controle pela terceira vez, ele, inseguro pelo suspiro, faz a mesma pergunta pela quarta vez. Respondendo Josephine, já vermelha, o parco auto-controle sinalizando perigo, Edmund, só para confirmar, faz a exata questão pela quinta vez. Pobre Josephine, já não sabe mais se ri, chora ou grita, na dúvida, inguenuamente, responde. Por exemplo:
-Josephine, você quer comer pizza?
-Quero.
-Você quer comer pizza?
-Quero.
-Quer comer pizza?
-Sim, quero.
-Quer mesmo comer pizza?
-É, eu quero comer pizza.
-Tem certeza de que quer comer pizza? Se não quiser comer pizza a gente não precisa comer pizza, se não quiser comer pizza a gente come outra coisa, você tem certeza de que quer comer pizza?
-Tenho certeza, eu quero comer pizza.
-Você quer comer pizza?
-(suspiro) É, Edmund, eu quero comer pizza.
-Por que você fez isso?
-Isso o quê?
-(suspiro)
-Estou apenas respirando. Vamos logo comer a pizza.
-Você tem certeza de que quer comer pizza?
-Argh! Não, eu não quero comer pizza!!!
-Por que você não quer comer pizza?
Quase sempre cada nova resposta produz uma nova pergunta, que, geralmente, é a mesma anterior. Existem pessoas que conseguem responder a mesma resposta à exata pergunta infinitamente, à exaustão, eu não sou uma delas. Repetir uma pergunta que eu já respondi para que eu responda novamente a mesma coisa, me irrita.
Decidi então dar o troco. Toda vez que ele me perguntava algo eu respondia, assim que ele perguntava pela segunda vez (e as perguntas sempre eram seguidas, sem grandes pausas para respirar) eu respondia exatamente o contrário do que eu tinha respondido antes, por exemplo:
-Você quer comer pizza?
-Quero.
-Quer comer pizza?
-Não, não quero.
-Não quer?
-Quero.
-Quer comer pizza ou não quer comer pizza?
-Quero, quero comer pizza.
-Tem certeza de que quer comer pizza?
-Tenho.
-Tem certeza?
-Não.
-Não tem?
-Tenho sim.
-Tem?
-Não, não tenho.
-Não tem certeza?
-Tenho certeza.
-Tem certeza ou não tem certeza?
-Você quer comer pizza?
No início Edmund ficou ligeiramente alucinado com essa minha nova técnica, mas agora ao menos conseguimos chegar a um consenso sem dar tantas voltas em círculos. Agora andamos em vírgulas, mas ao menos chegamos a algum lugar. Hoje comemos pizza e o rapaz que nos atendeu na pizzaria, todo simpático, nos elogiou, dizendo que nós o conquistamos com nossa simpatia :) A pizza também estava bastante simpática.
Posso dizer que ando bastante controlada nos ataques e chiliques que eu tinha antes e dos quais ainda não falei aqui, mas falarei em momento apropriado. Namorar Edmund tem sido um baita exercício para minha escassa paciência, extenuante, porém gratificante.
Amanhã conhecerei mais uma parte da família de Edmund, um outro pedaço da família Bonaparte, que mora em uma caverna isolada da cidade, por isso não os conhecia até agora. Vamos com o lunaticomóvel (que sim, é uma carra), Edmund dirigirá, sem os antialucinógenos. Espero que consigamos chegar.
PS:Amei a continuação de vocês para a lista de atravancamento do Edmund. É algo que me fascinou neste blog, o senso de humor dos leitores, hilário.
PS2 Flip Flop, vamos estudar uma nova mudança. Esses dias ouvi de uma leitora que gostou mais do template escuro porque ficava melhor de ler. Estranho, não? Mas não foi a única, assim como você não é o único a dizer o contrário. Em todo caso, agradeço se mais alguém quiser se manifestar a respeito. Template preto com letras brancas ou branco com letras pretas?
PS3 LittleWinnie chamou-me de "figura apaixonante"..uau...gostei disso :). Agradeço, com certeza, embora minha incomensurável modéstia me impeça de concordar :).
Respeitosos beijos a todos!
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