quinta-feira, abril 15, 2004

Falei das músicas que não saem da cabeça e hoje me deparei com outro problema, gravíssimo (falando nisso, finalmente me livrei de Beethoven e, neste momento estou com as Bachianas número 5, de Heitor Villa-Lobos, sapateando em minha cabeça, mas pelo menos é quase toda a música), percebi, tomando um suco de uva com um sundae daquele tipo do Mc Donald's (não era do Mc Donald's, mas da Petiskeira, uma pizzaria que nos viciou), com calda de caramelo, que um sabor interfere no outro.

De repente eu não estava mais tomando o suco de uva, nem o sundae de caramelo, mas um terceiro elemento, que não tinha nem gosto de uva, nem de baunilha, nem de caramelo, mas um gosto muito estranho que meu cérebro não conseguiu decodificar.

Fomos à tal pizzaria comemorar o aniversário de um ano do blog. Na verdade vamos àquela pizzaria todos os dias, e todos os dias temos algo a comemorar. Costumamos comer algo repetidamente, todos os dias, apenas aquilo, até enjoar e não poder mais ver tal coisa em nossa frente.

Assim foi com o cachorro-quente (sem salsicha, por motivos óbvios), com o milkshake de cappuccino e, certamente, será com a pizza. É uma pena, sinto-me triste, apeguei-me emocionalmente àquela pizza de tal forma que enjoar dela será deixar naquela mesa um pouco de mim, da minha alma, do meu ser esfomeado.

Nada porém, apagará os belos momentos que passamos juntos, aquele talo de brócolis temperado que nos salgava os instantes de emoção, os cinco queijos, sempre unidos e felizes, que sorriam para nós a cada garfada, o frango, perfeitamente sintonizado com o catupiry, que nos enchia de felicidade a cada mordida...

Sentirei saudade de nossas amigas pizzas quando enjoarmos de suas apetitosas caras. Algo, porém, tomará seu lugar.

PS Hoje tem um PS bem comprido. Li um comentário de um leitor em um post pré-histórico e fiz uma anotação nos comments, que transcrevo aqui:

Deixo aqui um lembrete, para não me esquecer de consertar em um próximo post. No dia 02 de Março chamei uma aranha de aracnídeo, logo em seguida, a xinguei de inseto. bem lembrado por um leitor, foi uma tremenda burrice cometida, obviamente sem querer, já que Josephine estudou biologia.

Josephine, que havia passado a madrugada inteira acordada e escrevera aquele texto às sete da manhã, meio dormindo, meio acordada, não lembrou que ninguém consegue ser inseto e aracnídeo ao mesmo tempo, ou se é uma coisa, ou outra. Pobre artrópode! Perdões ao ChiPHeaD, o leitor que reclamou e sentiu-se ofendido em sua inteligência (com toda razão) ao ler tal barbaridade. Redimo-me de tal delito. Depois colo isto em um post.

Colado. Josephine não é tão burra quanto parece, inventou um ser estranho, um híbrido, um artrópode transgênico, parte inseto parte aracnídeo, talvez um cruzamento de aranha com mosquito. De qualquer forma, como comprova o texto do dia 02 de Março, a criatura rara não está mais entre nós, está no céu dos aracnídeos (e não dos insetos). Deixarei errado por lá até terça-feira, para leitores curiosos, quando então o post será consertado.

PS2 Agradeço humildemente os comentários e reparto com vocês este bolo, com cada um de vocês, comentantes. Pena, hoje vai ficar meio corrido tentar responder, mas garanto que li todos os comentários e me diverti um monte com eles. Tentarei respondê-los mais tarde, nos próprios comments, mas por agora, apenas dois recados: Flip Flop, quando chegar a hora você saberá que chegou a hora, ué, porque eu direi "chegou a hora". E de qual das teorias você falava? E Nika , minha sobrinha canta essa música assim: "Do deito que dotê mi óia, dai dá namoio". Coitadinha, tão novinha e já vítima de Glue-music....

Sim, o dia hoje foi super corrido não deu tempo de fazer outro bolo, reedito esse do aniversário do Edmund, com algumas pequenas modificações. Para você, Cal, que perguntou sobre o bolo. Ei-lo: