sábado, abril 17, 2004

Muito feliz fico em ver que pessoas começam a gostar do que lêem por aqui. Finalmente o côro "fora Josephine" calou-se e as pessoas começaram a ver que existe vida ainda neste Diário. Apesar de haver ainda quem jure que eu e Edmund somos a mesma perturbada pessoa, tudo anda da melhor maneira possível neste espaço virtual.

Hoje operei o dia inteiro em Stand-by. Para quem não sabe, Stand-by é aquele modo em que o aparelho não está nem ligado, nem desligado, ou melhor, está ligado, mas não parece.

Passei o dia inteiro como se tivesse acabado de acordar, ou melhor, passei o dia inteiro como se nem tivesse acordado. Felizmente chega o final de semana para que eu possa entrar em período de hibernação, acordando apenas para escrever e olhar para a cara de Edmund.

Provavelmente eu tenha tomado algum sonífero em meu café-da-manhã. Desconfiaria da minha empregada, caso eu tivesse uma. Como não tenho, começo a desconfiar da padaria em que compro meu pão francês (recuso-me a chamá-lo de "cacetinho", como é de praxe por essas bandas gauchescas).

Edmund, como sempre, ficou deveras preocupado com o meu estado catatônico. O pior foi ter que andar na rua, aquele barulho infernal do trânsito, milhares de pessoas conversando ao mesmo tempo no supermercado, Edmund comentando o filme enquanto assistíamos a um vídeo na casa dele (engraçado, ele não faz isso no cinema e detesta quem costuma fazer, mas em casa é outra coisa) e outros fatores minimamente irritantes que, quando estou em stand-by tornam-se terrivelmente, horrivelmente, desesperadamente irritantes.

O pior é que, como estou em stand-by, não quero responder, nem falar, nem fazer nada, apenas ficar ali, desligada, irritada com o mundo ao meu redor, que jamais se desliga. Voltei, arrastando-me, para casa, nem mesmo comer alguma coisa consegui. Desabei em minha cama e entrei em estado de hibernação por algumas horas.

Acordei, ligada na tomada, elétrica, como é meu estado natural. Que dúvida- vim para o computador, ler comentários e escrever um pouco. Nada mal para uma sexta-feira.

Existem dias que pedem para não existir. Você acorda cedo e quase o ouve dizer: "Por favor, volte para cama, este dia não existe". Quando insistimos, teimosamente, o dia nos mostra exatamente a razão de não existir. Não existe porque não quer existir, não gosta de existir, foi um teste que não deu certo.

E entramos no teste. Tudo dá errado, choramos, caímos, nos confundimos, falamos aquilo que não deveríamos ter dito, tentamos consertar e estragamos tudo de novo...ou, simplesmente, não conseguimos fazer absolutamente nada e o dia torna-se tão inútil quanto se nunca tivesse existido, de verdade.

Mas dias sempre existem. E sempre passam, um a um, ainda que não contem, serão contados, horas inúteis devem ser aproveitadas, eu só ainda não aprendi exatamente como fazer isso. Hoje foi um dia inútil, que poderia ser deletado, um dia sem muita razão de ser, exceto ser ponte entre ontem e amanhã. E isso qualquer dia sabe fazer muito bem.

PS Como todos já devem ter percebido, comecei a escrever no Diálogos Soltos e a partir de hoje começo a dar uma força para a Livs no Diário dos Sonhos. Só tenho que dormir para ter o que postar por lá. Sem jamais me esquecer do Patota's, onde não posto há séculos.

PS 2 Amanhã começo a testar uma nova forma de responder comments para não deixar ninguém sem resposta porque acho terrivelmente antipático e mal-educado responder uns e deixar outros ignorados.

Sim, Flip-Flop, parece que sua teoria começa a se confirmar. Para isso, porém, era necessário que houvesse pessoas lendo os textos, coisa que me parece acontecer agora. Anonimo_Incognito é um Cavaleiro do Zodíaco e sinto que infringi alguma lei cósmica ao obrigá-lo a nos parabenizar por um ano de blog, mas agradeço a benevolência em ter atendido ao meu chamado, em breve será a vez do blog dele fazer aniversário. Pode deixar, Anonimo, estarei por lá.

Rafa, vem a Porto Alegre? Quem sabe possamos combinar para comer uma pizza na Petiskeira :) . O Cara Que Escreve, já li um comentário pré-histórico seu em que reclamava da falta de desenhos. Agora temos o reforço do meu scanner que é infinitamente melhor do que o dele e os desenhos (de ambos) serão mais frequentes por aqui.

Cal, ficarei muito triste, caso os queijos entem em processo de extinção, também espero que isso não ocorra. E guardei um pedaço de bolo para ti. Sobraram algumas borboletas também, quer? André, fiquei feliz ao ver que arrependeu-se dos insultos, isso demonstra que você é uma pessoa de bom caráter. E reafirmo que eu e Edmund não somos a mesma pessoa, mas como provar? Um dia todos vocês saberão. E sim, manter este blog dá trabalho, mas é um trabalho maravilhoso e gratificante. Gaudério San, parabéns atrasados aceitos :), ChiPHeaD, problema resolvido então :)



Alencar, bom vê-lo de volta, achei que tivesse se esquecido de nós. E Aldy, recebemos os beijos e te mandamos em dobro (doe dois, leve quatro!). Bom saber que você gostou daquele comentário que coloquei no A Criatura e a Moça, aliás, qualquer dia eu o colo aqui, se ficar compreensível.

Do outro post, Felipe Miranda , Hélio Sales, Lábios de Pitanga, Danny Floripa , Moreno, li todos os seus comments. Pena que não deu para respondê-los, como eu gostaria.