sexta-feira, março 19, 2004

Lendo alguns comentários dos últimos posts confesso que fiquei bastante preocupada. Diversas pessoas me disseram que conhecem meus textos, mas nunca leram um texto do Edmund, que gostam muito do blog, apesar de não saberem como Edmund escreve, por nunca terem lido nada dele, enfim, fiquei preocupada com essas pessoas.

Fiquei a imaginar o que estaria acontecendo com esses pobres leitores. Talvez a barra de rolagem deste blog não esteja funcionando e eles não consigam descer a página e para descobrir que pelo menos dezesseis posts da página inicial (esta em que vocês estão) são dele (o mais recente há uns dez posts apenas), isso sem contar os outros quatro ou cinco posts resgatados dos arquivos que também estão postados nesta página, ilustrando os momentos nostálgicos de Josephine, inclusive com os desenhos dele.

Ou, quem sabe, não haja problemas na barra de rolagem, mas essas pessoas achem que são obrigadas a seguir um a um dos posts, em ordem, sob pena de alguma catástrofe mundial, caso ousem ler esta página de baixo para cima, por exemplo, ou apenas os dias ímpares, ou só os textos de segundas-feiras. Isso pode ser um reflexo limitante de nosso lindo pendão da esperança, nosso símbolo augusto da paz, que nos brada: "Ordem e Progresso!!", obviamente sem os pontos de exclamação.

Pode ser também que tais indivíduos tenham algum problema em interpretação de imagens e não tenham notado que a caixinha cinza com gavetas, à esquerda, não é um criado-mudo, mas o desenho de um arquivo e que, clicando ali, terão acesso a um portal para outra dimensão, em que, clicando nos nomes dos meses, abrem-se janelas para o passado deste blog ao qual visitam e que, se dele gostaram, muito se alegrarão ao conhecer sua gênese, êxodo e deuteronômio.

Da mesma forma, o papiro "Fábulas Alucinadas" é um link para as fábulas tão organizadamente organizadas em sub-links por meu tão organizado (para algumas coisas) namorado. O desenho de livro "A História de Edmund" contém um índice de sub-links para cada um dos capítulos da saga "A História de um Lunático" escritas por Edmund no período de 03 a 29 de Maio de 2003. E, finalizando, o desenho da pena, papel e pote de tinta é, inacreditavelmente, o e-mail de Edmund, edbonaparte@bol.com.br .

Testem, um a um desses links e descubram, maravilhados, que, ao menos nesse mundo de blogs, é possível sim viajar ao passado e retornar inteiro. Não peço que leiam o blog todo (para isso poderão comprar o livro depois, assim que ele sair :)), mas se puderem ler ao menos alguns posts do início, de Abril, Maio, Junho ou Julho, ou até mesmo descer a barra de rolagem (quem ainda não entendeu o que faço aqui provavelmente também tem algum problema com a barra de rolagem, a resposta está no dia 23 de Novembro, no post "Apresentando Josephine ButterFly").

Entristece-me sobremaneira estar aqui "tapando buraco" (sim, estou aqui tapando buraco, ainda que alguns de vocês me assegurem que não é nada disso) no Diário de um Lunático e tanta gente contentar-se com um, dois ou três textos de Josephine e não fazer um mísero esforço para conhecer um pouco do tal Lunático.

Certamente essas pessoas não fazem isso de forma consciente, ou ao menos não porque querem, mas forças sobrenaturais de ordem superior as impelem a cometer tamanho desatino (agora exagerei, eu sei, mas não havia outra forma de demonstrar o quão absurdo isso me parece).

Espero ter conseguido, com meus esclarecimentos espantosamente esclarecedores (como diria Edmund), livrá-los de tamanho jugo maligno, possibilitando a todos conhecer o maravilhoso mundo dos textos de Edmund Bonaparte. Que, aliás, é a intenção deste blog. Acho.

No mais, agradeço aos comentários sempre tão agradáveis (ok, nem sempre, mas no último post foram todos bem agradáveis). Respondendo a algumas perguntas: "Oooooooh ceus! tenho de arrumar uma namorada como você. Será se acha?
Alencar "

Alencar, acho que devo ser sincera. É difícil, porém não impossível, não perca suas esperanças. O problema é que grande parte das mulheres modernas (especialmente as bonitas e inteligentes) ainda não são inteligentes o suficiente para perceber que cuidar do homem amado não configura subserviência e que, pelo contrário, torná-los dependentes nos faz ter um domínio muito maior da situação. Felizmente, ao que me parece, algumas parecem estar abrindo os olhos para essa realidade e outras, como eu, Butterfly e Moonthoughts, sabem usar o poder que têm nas mãos.

"eu só queria entender uma coisa, como assim vc é viciada em papel A4? o q o A4 tem de especial???? Livs"
Livs, não, folhas de papel A4 nada têm de especial, mas como justificar um vício? Não sei. Simplesmente não consigo mais viver sem. Passo dias e noites imprimindo textos compulsivamente, passando a viciar-me também em tinta de impressora. Enquanto não encontrar uma clínica que disponibilize tratamento para tais males, continuarei minha saga em busca de mais e mais folhas de papel A4 e cartuchos da Epson e Lexmark. Edmund comprou para mim um pacote com 500 folhas A4, mas ainda não é o suficiente. Preciso de mais.

E um recado à Rúbia, o post anterior não foi irônico (embora eu admita que é esse meu tipo de humor e não há espanto em encontrar posts permeados por doses discretas- e às vezes nada discretas- de ironia), realmente procuro causar uma dependência física, psicológica e até química (no caso das vitaminas e do creme hidratante) tratando meu namorado daquela forma que faria as velhas feministas arrancar os cabelos e os jogar na fogueira junto com seus sutiãs. Mesmo porque, além de essa tática me trazer inumeráveis benefícios, Edmund merece, por ser o namorado mais maravilhoso que alguém poderia ter.

Marcos, Lara, Aretha, Léo, agradeço também a vocês, lembrando que o espaço de comentários está sempre aberto...aliás, estão, tanto o do haloscan (que é o principal) quanto o do Blogger, sempre que quiserem deixar alguma mensagem ou opinião a respeito dos posts...ou até alguma dúvida, assim como meu e-mail senhoritabutterfly@gmail.com . E Lara, Edmund conversa não só com o Cabide, mas também com o Criado-mudo, o Guarda-roupa e todos os outros móveis que queiram falar com ele.