sexta-feira, janeiro 09, 2004

O tempo vai passando e começo a achar que tenho mais coisas em comum com o Edmund do que costumava supôr. Essa nítida sensação de não pertencer a este mundo (porque não pertencemos mesmo) e, pior (ou melhor), a certeza de pertencer a outro mundo, com regras completamente diferentes das que costuma-se seguir por aqui.

O estranhamento a tudo o que é considerado normal, que me atraiu nele, existe, em menores proporções, também em mim. A certeza da existência de coisas que ninguém realmente acredita que existam, a insistência em dizer que algo é assim quando as pessoas insistem em acreditar no que vêem, todas as nossas afinidades passam pelo que as outras criaturas considerariam maluquice, mas que são nosso elo de ligação mais forte.

Parei da dar os antialucinógenos a Edmund para ver se ele tornaria a alucinar, porém, não é do dia para a noite que isso acontece, muito pelo contrário, eita coisinha difícil de sair da corrente sanguínea de alguém! Já fazem quatro dias e a esperança tarda, mas não morre. Espero, para breve, o retorno de Jedi.