quarta-feira, janeiro 28, 2004

Mais um dos antigos textos de Edmund para dar suporte a mais um dos novos textos de Josephine:



Domingo, Maio 18, 2003

Radiação ultravioleta. Um pouco de incidência dessas ondas eletromagnéticas em nossa pele é benéfico e, por que não dizer, necessário. O sol, como grande produtor, é nossa principal fonte desses raios.

Muitas pessoas, desejosas por um colorido mais forte e descontentes com a pouca incidência a que se vêem obrigadas a submeter seu corpo durante o inverno, utilizam-se de equipamentos modernos e de seus modernos métodos artificiais de bronzeamento.
Sem desejar julgar o mérito da questão, vejo-me compelido a discutir sobre o tema.

A radiação ultravioleta (ou ultraviolenta, para os íntimos), ao ter sua energia absorvida pelas camadas da pele, provoca pequeninas lesões na estrutura desse delicado tecido. Como reação a essa agressão, nossa pele tende a se proteger produzindo mais de um pigmento denominado "melanina", o que proporciona aquele belo bronzeado que a todos enlouquece.
Como todo o lunático, fujo dessa radiação. O excesso dessas ondas, além de causar envelhecimento precoce, pode comprometer a integridade genética das células atingidas a ponto de causar doenças mais sérias.

Todas as criaturas que habitam a superfície desse planeta possuem, em maior ou menor grau, uma proteção natural contra níveis naturais de incidência. Contudo, nós, humanos, possuímos uma tendência ao exagero que, em muitos casos, levamos às últimas conseqüências. Dessa forma, acabamos por nos expor desnecessariamente a uma carga excessiva de agressão a qual, um dia, teremos de prestar contas.

Há muitas e muitas luas (como diria o chefe Chuva-Na-Cara) nossa atmosfera era protegida por uma camada cerca de sete vezes mais espessa de ozônio do que essa que a protege atualmente. Tal diminuição deu-se gradualmente, o que possibilitou a readaptação das espécies a esse novo panorama sem maiores sobressaltos. Nas últimas décadas, até nisso a humanidade conseguiu interferir, com a diminuição abrupta, que presenciamos hoje, desse estratosférico elemento, torna-se um risco muito grande submeter-se a esses níveis de radiação solar, mesmo resguardado pelo creme protetor (que, por melhor que seja, sempre fornece uma proteção limitada).

Por tudo isso, amo o outono e o inverno e seus dias de frio e de agasalhos grossos. E mesmo que ofusque meio mundo com minha brancura e fira outro meio mundo com minha insanidade, sempre tentarei ficar o mínimo tempo possível sob incidência solar direta, o mínimo para não ficar raquítico.

postado por: EDMUND BONAPARTE 2:56 PM