Verme Amarelo Imundo pediu que eu falasse sobre mim, mas não disse exatamente o que gostaria de saber. Ana disse que queria falar comigo, no entanto minha caixa de e-mails continua tristemente vazia, abandonada. Moreno pediu para eu tomar cuidado com o cabide, a máquina engolidora de gente (você também acredita que ela exista? Começo a me preocupar...) e com o Edmund (não, não acreditei na promessa de casamento). Ao que vejo, os leitores deste blog ainda estão ligeiramente confusos com minha presença, não os culpo. Edmund ficou bastante feliz com a receptividade de vocês a mim. Agradeço pelos comentários, vocês são todos muito gentis. Jessica disse que escrevo como o Edmund e teve quem achasse que somos a mesma pessoa, obrigada, mas estou a anos-luz de ter a veia literária dele.
Edmund escreve melhor do que eu. Nem mesmo ele sabia de tal novidade, aliás, ele sequer sabia que escrevia até começar a escrever.Depois veio o blog. O blog veio muito antes de mim, acho que ele se sentia sozinho, para ser sincera, não sei como Edmund viveu tanto tempo sem mim. Se não controlo seus horários ele não toma a medicação, se não cuido da comida ele não se alimenta direito, tenho passado tanto tempo por aqui que acho que se não nos casarmos em breve ele deverá pagar-me um salário de enfermeira.
Dizem que os opostos se atraem, acho que foi o que aconteceu conosco. Edmund me faz ver a vida de uma forma completamente invertida e que faz muito mais sentido do que a convencional. A reação de estranhamento às coisas que nos são banais faz com que meus olhos se abram para certos detalhes do mundo. Sem contar seu bom humor e inteligência. E é uma pessoa muito boa e generosa. Só isso já seria motivo o suficiente para eu pensar mil vezes antes de deixá-lo por conta dessas maluquices dele. Conversa com os móveis, discute consigo mesmo em voz alta, me liga pela manhã dizendo:
- Olha, eu não queria ligar para você agora, mas eu estava com muita vontade de ouvir a sua voz. No entanto eu acho que deveria me concentrar no trabalho, mas eu não consigo entender que não tenho tempo para esse tipo de telefonema, eu vou desligar ainda que não consiga fazer com que eu entenda. Tchau. Não, não!!! Eu não quero desligar!! Mas eu quero. - E desliga.
Me disseram que devo terminar enquanto há tempo, que não é saudável manter esse relacionamento e que acabarei tão louca quanto ele, mas não vejo essa possibilidade. Sou uma pessoa muito centrada e objetiva, ofereço exatamente o contraponto do qual o Edmund precisa para, quem sabe, se recuperar. Talvez a convivência comigo faça com que ele fique normal assim como eu, e não o contrário. Se bem que tenho medo de que ele se recupere e deixe de ser a pessoa que é, e como nunca foi realmente normal, pode ser que ele sofra com a nova condição. Bem, talvez nenhum de nós se altere, quem sabe não permaneceremos para sempre nesse estado: ele lunático e eu completamente normal? Ninguém entende que simplesmente não faz sentido algum terminar com Edmund. Alguém pode me dizer onde eu encontraria outra pessoa comparável a ele?
Edmund escreve melhor do que eu. Nem mesmo ele sabia de tal novidade, aliás, ele sequer sabia que escrevia até começar a escrever.Depois veio o blog. O blog veio muito antes de mim, acho que ele se sentia sozinho, para ser sincera, não sei como Edmund viveu tanto tempo sem mim. Se não controlo seus horários ele não toma a medicação, se não cuido da comida ele não se alimenta direito, tenho passado tanto tempo por aqui que acho que se não nos casarmos em breve ele deverá pagar-me um salário de enfermeira.
Dizem que os opostos se atraem, acho que foi o que aconteceu conosco. Edmund me faz ver a vida de uma forma completamente invertida e que faz muito mais sentido do que a convencional. A reação de estranhamento às coisas que nos são banais faz com que meus olhos se abram para certos detalhes do mundo. Sem contar seu bom humor e inteligência. E é uma pessoa muito boa e generosa. Só isso já seria motivo o suficiente para eu pensar mil vezes antes de deixá-lo por conta dessas maluquices dele. Conversa com os móveis, discute consigo mesmo em voz alta, me liga pela manhã dizendo:
- Olha, eu não queria ligar para você agora, mas eu estava com muita vontade de ouvir a sua voz. No entanto eu acho que deveria me concentrar no trabalho, mas eu não consigo entender que não tenho tempo para esse tipo de telefonema, eu vou desligar ainda que não consiga fazer com que eu entenda. Tchau. Não, não!!! Eu não quero desligar!! Mas eu quero. - E desliga.
Me disseram que devo terminar enquanto há tempo, que não é saudável manter esse relacionamento e que acabarei tão louca quanto ele, mas não vejo essa possibilidade. Sou uma pessoa muito centrada e objetiva, ofereço exatamente o contraponto do qual o Edmund precisa para, quem sabe, se recuperar. Talvez a convivência comigo faça com que ele fique normal assim como eu, e não o contrário. Se bem que tenho medo de que ele se recupere e deixe de ser a pessoa que é, e como nunca foi realmente normal, pode ser que ele sofra com a nova condição. Bem, talvez nenhum de nós se altere, quem sabe não permaneceremos para sempre nesse estado: ele lunático e eu completamente normal? Ninguém entende que simplesmente não faz sentido algum terminar com Edmund. Alguém pode me dizer onde eu encontraria outra pessoa comparável a ele?
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home